Uma Brasileira Campeã de vôlei nos Estados Unidos

                            Foto: gentilmente cedida pela atleta 

É sempre importante salientar o imenso valor das categorias de base, nela é que são reveladas as atletas que irão fazer parte da elite do cenário esportivo nacional e internacional.

A trajetória para que uma criança que sonha em ser uma grande atleta é muito longa e a diferença em poder chegar lá ou não está na capacitação de qualidade dos profissionais que as ensinam e as treinam em sua caminhada para que um dia ela possa conquistar seu espaço no esporte.

Fui procurar uma atleta que começou muito cedo no esporte e atualmente chegou a jogar nos Estados Unidos.
Ela poderá nos contar como venceu seus obstáculos e venceu como atleta e evoluiu como pessoa.

Alexia Nucci Clepf Souza 
Idade :19 anos.

Quando conversei com ela ,a primeira coisa que percebi foi a característica de uma pessoa determinada e dedicada a estar sempre pronta para buscar novos desafios e novos aprendizados no esporte e na vida.

A humildade de ter sempre em mente que pode aprender muito mais sempre  ,como levantadora tem a facilidade de liderança e de enfrentar todas as adversidades que a ela aparecem.

A carreira:

Ela começou em 2007 a 2009 na escola Sérgio Negrão em Sorocaba/SP  onde mora atualmente.
Clube Hípica Campinas 2010-2011
Clube São Caetano do Sul 2012-2013
SESI/SP 2014
Taubaté 2015
Clube São José do Rio Preto 2016

Chegou nos Estados Unidos MIAMI DADE COLLEGE 2016/2017
Foi campeã inúmeras vezes em todas as categorias e nos Estados Unidos STATE (FCSAA)

Título : 1 LUGAR – 2016/2017 – NATIONAL (NJCAA)

 Com essa trajetória em vários clubes certamente possui muitas histórias pra contar.

Como foi se apaixonar pelo voleibol?
A paixão pelo voleibol começou em casa, sempre sob influencia do meu pai que jogava na adolescência. Assistíamos juntos aos jogos que passavam na tv, porém foi aos nove anos que me encantei ainda mais pelo esporte ao estar em um treino pela primeira.

Você jogou em duas posições durante sua carreira, central e levantadora  , acredita que sua facilidade de liderança fez a diferença para atualmente jogar como levantadora?

Não necessariamente,comecei jogando de central por ser umas das mais altas do time e me adaptei bem.
Mudei de posição quando meu técnico na hípica, Peterson, percebeu que meu toque era bom e viu em mim potencial para jogar como levantadora.

Você passou por várias cidades, como foi enfrentar as mudanças em cada uma delas, começar de novo em cada cidade, o que aprendeu com essas experiências?

Apesar de sempre estar com um friozinho na barriga, essas mudanças não deixam de ser muito empolgantes.
 A oportunidade de conhecer novos lugares e novas pessoas é incrível, sem contar que essas experiências me  ajudaram a amadurecer como pessoa e como atleta, tornando-me cada vez mais independente.

Quais os fatores que você acredita que as jovens atletas precisam levar em consideração para escolherem a equipe em que irão jogar?

Acredito que a primeira coisa a se fazer é procurar referências com outras pessoas sobre a equipe e seu técnico, para saber como ambos se comportam e o que oferecem para auxiliar a atleta.

Estados Unidos: o que te levou a ir jogar lá?

 A principal causa foi a grande estrutura que interliga o estudo ao esporte, ambos sendo tratados como algo primordial.

O Vôlei lá é muito evoluído com ínumeros  campeonatos ,valorização de atletas, técnicos ,profissionais envolvidos, o que mais te chamou a atenção ao jogar lá?

A quantidade de pessoas com nacionalidades diversas, a infraestrutura dos ginásios dos colleges e das universidades.

Lá é muito diferente, não existe a superliga como aqui e as atletas são reveladas nas escolas e nas universidades, como é viver jogar lá e viver essa realidade ?

Acho fantástico,é uma experiência maravilhosa que indico para todos os atletas.
Ter contato com outras culturas, jogar em várias cidades do Estados Unidos e por fim ser reconhecida pelo seu trabalho para conseguir uma bolsa na universidade é gratificante.

Com certeza jogar lá,  é um sonho a ser realizado por várias atletas, escola, treinos ,jogos e facilidade pra conseguir uma bolsa para as universidades, o que as meninas precisam fazer para realizar esse sonho?

Primeiramente focar em seus objetivos, depois de ter focado, trabalhar duro neles e nunca desistir.

Você acredita que a maturidade é fundamental para vencer todos os obstáculos para jogar fora do país ou a maturidade vem aos poucos com as dificuldades para viver longe do país?

Acredito que é necessária uma certa maturidade para poder enfrentar a distância da família e amigos, para se adaptar ao novo lugar e ao seu idioma, além de conseguir se virar sozinha.

Seleção brasileira de base: você acredita que sua importante experiência no exterior pode fazer você chegar lá ou jogar fora do país pode deixar a atleta fora da visibilidade dos técnicos aqui?

Atualmente, com tamanha tecnologia existente é difícil a invisibilidade. Creio que, jogando tanto no Brasil quanto lá fora, você pode ser vista.

Superliga: o quanto sonha jogar nela um dia?
Seria uma grande honra para mim jogar uma superliga, no entanto, no momento este não é o meu foco principal.

Você pensa em ser técnica de vôlei um dia, cursar educação física e seguir carreira? revelar grandes talentos como foi revelada?

Por incrível que pareça, esta não é a minha primeira opção hahaha.gostaria de cursar farmácia primeiro e depois educação fisica.
Agora quanto a ser técnica, não cheguei a pensar muito a respeito, mas nunca se sabe, né?

Qual a frase que te motiva a buscar a realização de seus sonhos?
A frase que me motiva encontra-se no livro  "Nunca deixe de tentar" do Michael Jordan, que, inclusive, recomendo a leitura a todos.
Tem muitas frases maravilhosas neste livro,  mas a que mais gosto é "Um passo de cada vez. Não consigo imaginar nenhuma outra maneira de realizar algo."

Seus agradecimentos finais:
Quero agradecer a minha família pelo apoio em tudo e por sempre acreditarem em mim, a todos os meus técnicos que me ajudaram a crescer e melhorar dentro do voleibol e principalmente a Deus, pois sem Ele nada aconteceria. 
Quero também parabenizar a Patricia Deud por seu trabalho incrível e sua determinação com o voleibol.
                       Foto : gentilmente cedida pela atleta 


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