A cidade de Estrela/RS por dez anos possui o maior
festival do esporte do sul do país.
Ano passado ele contou com : 33 delegações, com 58
equipes de cinco estados e países como Argentina, Uruguai e Peru.
O esporte precisa de competições de base na
formação,crescimento e revelação de novos talentos.
Este ano jovens talentos que disputaram a competição
estão nas equipes da superliga B,jogando muito bem e sendo muito importantes em
suas equipes.
O Festival Internacional de Voleibol Cidade de Estrela é
organizado pelo Colégio Martin Luther e pela Associação Vale do Taquari de
Esportes (Avates).
O apoio para o evento é do Centro Universitário Univates,
Cooperativa Languiru, Docile Alimentos, Loja Show dos Esportes e Sorriso FM.
A competição conta também com os apoios da Federação
Gaúcha e a Confederação Brasileira de Voleibol.
Para falar mais sobre o assunto eu trouxe Marcos
Espíndola técnico de Vôlei do colégio Martin Luther com uma enorme lista de
grandes conquistas no esporte.
2010-2011-2012 – Bola Pro Futuro/Prefeitura de
Santiago/Escola Thomás Fortes.
Principais resultados:
- Tricampeão Estadual Mirim Masculino dos Jogos Escolares
do Rio Grande do Sul/Escolas Públicas – 2010/11/12
- Tricampeão Estadual Infantil Masculino dos Jogos
Escolares do Rio Grande do Sul/Escolas Públicas. 2010/11/12
2013-2014 – Projeto Ijuí Pró-Vôlei
Principais resultados:
- Campeão da Copa RS Mirim Feminino/Federação Gaúcha de
Voleibol. 2014
- Vice Campeão Estadual Mirim Feminino/Federação Gaúcha
de Voleibol. 2014
2015-2016-2017 Colégio Martin Luther/AVATES/Estrela
- 3° lugar na Taça Paraná de Voleibol Infantil Feminino.
2015
- Campeão da Olímpiada Nacional da Rede Sinodal/ONASE.
2015
- Bicampeão Estadual Infantil Feminino/Federação Gaúcha
de Voleibol. 2015/2016.
- Bicampeão do Festival Internacional Cidade de Estrela
Infantil Feminino. 2015/2016.
Como
começou sua paixão pelo voleibol?
Vem de casa. Minha mãe também é Professora de Educação
Física e por muitos anos ela trabalhou com voleibol escolar competitivo. Então,
me criei dentro de ginásio acompanhando a em seu trabalho.
Ao
todo, pelas faixas etárias, quantas equipes você treina?
Aqui em Estrela nossa estrutura de trabalho é muito boa.
Temos uma comissão técnica numerosa e de qualidade, facilitando o trabalho. Eu
sou responsável pelas categoria pré-infantil (14 anos) e infantil (15 anos).
Nas demais categorias trabalho como auxiliar técnico.
Quais
foram suas maiores conquistas no esporte?
Em termos de resultados a primeira conquista por Ijuí
(meu antigo trabalho), onde vencemos a COPA RS Mirim, competição estadual da
FGV.
Essa conquista me
abriu portas para chegar em Estrela.
Em Estrela, as conquistas mais relevantes pelo Colégio
Martin Luther/AVATES foram o bicampeonato estadual 2015/2016, o bicampeonato do
Festival Internacional Cidade de Estrela 2015/ 2016 e a conquista da nossa
Olímpiada Nacional da Rede Sinodal/ONASE em 2015, evento que ocorre a cada dois
anos e de suma importância para nós.
Esse ano temos um grupo mais novo, com algumas atletas
vindas do mirim. Porém, todo o grupo já treinava conosco, assim, já conhecem
nossa metodologia de trabalho facilitando a adaptação ao infantil.
As metas são sempre fazer um trabalho de qualidade,
respeitando os valores do esporte, fazendo com que as atletas busquem a
superação diária e visando o Campeonato Estadual e a ONASE
Como
é seu trabalho na organização deste festival de tão imensa importância ao vôlei
de base brasileiro?
Para o Festival, temos um grupo de trabalho pequeno,
porém responsável e todos querendo o melhor para o nosso evento.
Minha função pré Festival é ajudar na divulgação.
Durante o Festival, fico responsável por coordenar o
ginásio onde ocorre os jogos da categoria infantil e sempre que solicitado,
auxiliar nossos visitantes.
Na
sua visão de educador físico e treinador qual é o principal objetivo do
festival?
O nosso Festival proporciona diversos momentos marcantes
aos nossos participantes: a integração entre quase 700 atletas/treinadores, com
troca de culturas entre vários estados do Brasil e como também a diversificação
cultural entre outros países.
. Em 2016 tivemos a participação de equipes do Peru,
Uruguai e Argentina e também Seleção Nacional do Uruguai e Argentina.
Também proporcionamos atividades culturais aos
treinadores com cursos, clínicas e noite do churrasco para os técnicos. Para as
atletas também ocorrem atividades paralelas a competição, como: shows, brindes
e atividades recreativas.
O festival cresce a cada ano, como você vê o
futuro desta competição a longo prazo?
O nosso Festival está atingindo o máximo que podemos
comportar para uma cidade de 30 mil habitantes. Já estamos com jogos em 5
quadras de forma simultânea, fora a grande estrutura para alojar todos os
participantes e refeições. Assim, a ideia é mais qualificar do que expandir.
Um
festival com equipes nacionais e internacionais, o que você acredita ser de
mais importante para as equipes participantes da competição?
A competição em nível técnico é muito interessante. Após
a primeira fase ela é dividida em Série Ouro e Série Prata, começando uma
competição aonde o nível técnico das equipes se equivalem.
Assim, os jogos
são muito competitivos e mantem-se a motivação das equipes até o último dia.
O
que acredita que falta para que o Festival tenha cada vez mais sucesso em seus
objetivos?
Acredito que o nosso Festival cumpre com o propósito que
almejamos. Um evento com muita troca cultural, aconchegante, com muitos jogos e
de ótimo nível técnico. Pelo número de atletas e a diversidade que nosso
Festival abrange, seria interessante uma maior cobertura da imprensa nacional.
Como
é o apoio que você recebe da escola em que trabalha para desenvolver seu trabalho?
Nosso Colégio Martin Luther faz um trabalho diferenciado,
pelo fato de perceber e investir no esporte como ferramenta educacional. Temos
toda estrutura necessária, como bolsa de estudos para atletas, remuneração de
profissionais capacitados, estrutura física, materiais...
Vejo que o esporte como um todo ocorre por lideranças
isoladas e momentâneas.
Faltam políticas
públicas, com investimento alto no esporte escolar e no esporte social, assim
oportunizando todas as crianças.
Após essa primeira etapa, precisamos de condições para
lapidar essa criança, com apoio para as instituições que investem nas
categorias de base.
Por fim, o apoio pós categoria de base, com o esporte
universitário e profissional.
Nada existe, são ações isoladas.
O esporte é a
ferramenta educacional mais barata e rápida, capaz de modificar uma sociedade.
Um atleta
profissional de visibilidade tem o poder e dever de influenciar milhões de pessoas.
Com um investimento e orientações corretas, a busca para
tornar uma sociedade mais justa e harmoniosa é facilitada.
Comentário final:
O entrevistado foi muito
feliz quando falou sobre a falta de apoio e incentivo ao esporte nas categorias
de base, o que deveria ser cada vez mais estruturado e amplo, oferecendo mais
condições com profissionais competentes e oferecimento de materiais necessários
para que as crianças tenham no príncipio a motivação para a prática esportiva, algo
que ele possui em seu trabalho, mas que deveria ser assim em todas as escolas
do país.
Outro Ponto é a falta de
apoio da imprensa na cobertura de tão grandes eventos esportivos de base como
este, com certeza teriam que ter uma divulgação geral , para mostrar que
existem pessoas motivadas que amam o que fazem na busca pela formação de
atletas e revelação de futuros talentos sempre preocupadas com o desenvolvimento do esporte nacional.
Festivais como este deveriam
existir de norte a sul do país.
Parabéns pela iniciativa dos
criadores do projeto que acreditam que “O esporte é como pirâmide, não existe
elite sem base” e todos aqueles que a ele oferecem apoio.
Equipe campeã do festival 2016
Infantil - Colégio Martin Luther/AVATES
“Se você é capaz de ter uma
idéia.
Também é capaz de torná-la
realidade.” (Eliane Serafim Moro)
“O Céu é o limite para
aqueles sonham em concretizar seus sonhos e a estrela só alcançará quem
realmente fizer por merecê-la “
Patricia Deud
Fotos: gentilmente cedidas pelo entrevistado .
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